Desde a adolescência, tomei gosto por explorar todos os territórios que estivessem ao meu alcance, incluindo a criação da documentação que estivesse ao meu alcance: comecei a fotografar com apenas dez anos de idade (com uma câmera de filme que ganhei de meu avô), e com dezessete anos já estava produzindo mapas de cidades que visitei.
Logo que obtive minha licença para dirigir e consegui ter um veículo próprio, comecei a viajar a lugares recônditos. Naquela época não havia GPS. O guia de viagem brasileiro mais famoso da época usava o slogan “onde você for, o guia foi antes”, mas eu passei a ser colaborador voluntário do guia por anos e anos, repassando informações sobre lugares que não faziam parte dele, e de erros que ele continha.
Quase meio século após, sou grato pela oportunidade de haver estado em cerca de CINQUENTA países diferentes, ter me hospedado para dormir em mais de quinhentas cidades ao redor do mundo, e ter tido a oportunidade de conhecer milhares de lugares diferentes, muitos deles fora dos roteiros turísticos tradicionais.
“Quem faz uma viagem, tem muitas histórias”, diz o ditado popular. Então no meu caso, escrever um diário de viagens seria uma tarefa hercúlea. Porém, as anedotas, aventuras e desventuras pelas que passei, servem como ilustrações únicas para muitas de minhas apresentações.